quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Memórias... ( Facuri ).

Memórias... 

Partículas que não se dissolvem,
resistindo ao implacável tempo,
fragmentos que ficam e comovem,
armazenando puros sentimentos...

Memórias constantes marcadas,
jamais envelhecem juntamente,
são como pegadas na areia deixadas,
misturando saudade e amor sutilmente.

Ainda deixadas em remoto passado,
prevalecem insistindo de tantos jeitos,
rebuscam o inesquecível guardado,
revivendo o ido deixado ou desfeito.

Entre elas, estão as lembranças,
do alegre e do triste vividos,
remontam até o tempo de crianças,
tempos que se foram e jamais esquecidos...

Na música foi um dia marcante,
tornando perfeita uma poesia,
é motivo suficiente neste instante,
recordar o que eu jamais esqueceria...

Quando a poesia contesta,
meus versos sobre flor,
é dela em nítida aresta,
reclamar poemas de amor...

Tantas foram as flores,
que nos jardins buscá-las eu quis,
mas, somente uma entre amores,
colhi e preservei: uma flor-de-lis!

Ah, o que seria do triste jardineiro,
sem sua dileta flor para cuidar?
Tornaria-se um errante caminheiro,
recusando outros jardins por zelar...

Ainda que de ti eu não tenha guardada,
memória alguma pessoalmente ocorrida,
uma vontade, um pensar é mais que um nada;
por qual razão morrem as flores nesta vida?

Luís Carlos Facuri

( em, 07/05/17 ).








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