Memórias...
Partículas que não se dissolvem,
resistindo ao implacável tempo,
fragmentos que ficam e comovem,
armazenando puros sentimentos...
Memórias constantes marcadas,
jamais envelhecem juntamente,
são como pegadas na areia deixadas,
misturando saudade e amor sutilmente.
Ainda deixadas em remoto passado,
prevalecem insistindo de tantos jeitos,
rebuscam o inesquecível guardado,
revivendo o ido deixado ou desfeito.
Entre elas, estão as lembranças,
do alegre e do triste vividos,
remontam até o tempo de crianças,
tempos que se foram e jamais esquecidos...
Na música foi um dia marcante,
tornando perfeita uma poesia,
é motivo suficiente neste instante,
recordar o que eu jamais esqueceria...
Quando a poesia contesta,
meus versos sobre flor,
é dela em nítida aresta,
reclamar poemas de amor...
Tantas foram as flores,
que nos jardins buscá-las eu quis,
mas, somente uma entre amores,
colhi e preservei: uma flor-de-lis!
Ah, o que seria do triste jardineiro,
sem sua dileta flor para cuidar?
Tornaria-se um errante caminheiro,
recusando outros jardins por zelar...
Ainda que de ti eu não tenha guardada,
memória alguma pessoalmente ocorrida,
uma vontade, um pensar é mais que um nada;
por qual razão morrem as flores nesta vida?
Luís Carlos Facuri
( em, 07/05/17 ).
Nenhum comentário:
Postar um comentário